Em algum momento de 1929, um grupo de atletas amadores da cidade – entre eles Roque Ventura, Paulo Ferreira da Silva, Braz Bortot, Seno Néder, Venerando Ribeiro da Silva, Eduardo Ribeiro e outros – por falta de um local onde pudessem praticar seu futebol livremente, concebe a ideia de criar um clube na cidade. Para a época, parece curto o espaço de tempo entre uma suposta reunião de pioneiros – no “Armazém de Tinti”, na esquina da Rua Benjamin Constant com a dos Expedicionários (hoje, sede da Delegacia da Receita Federal), na qual decidiram organizar uma nova agremiação que viria a ser a Associação Atlética Riopardense – e o 1º de janeiro de 1930, data oficial da fundação da A.A.R.
Mais curto ainda, o tempo para que essa semente de entusiasmo deixasse de ser um grande sonho para se transformar no início de uma realidade: em apenas 35 dias de existência – em 4 de fevereiro de 1930 –, o novo clube já comprava uma gleba na Vila Pereira para sua sede e campo de futebol.
Há quem considere que a rapidez na aquisição do terreno indique que a criação da A.A.R., na verdade, tenha surgido de um ideal mais antigo, e o entendimento ocorrido no “Tinti” foi uma espécie de “estopim” que detonou o processo já em andamento em muitas cabeças, muitas conversas. Contribui para essa tese o fato de, na diretoria, aparecerem nomes e cargos que parecem escolhidos com reflexão mais prolongada – e que não são citados nas reminiscências de alguns participantes mais antigos da evolução do clube.
O agricultor Venerando Ribeiro da Silva foi escolhido como presidente honorário. A primeira diretoria: Seno Néder, presidente; José Félix Ribeiro, vice-presidente; Prof. Eduardo Ribeiro, primeiro secretário; Archanjo Bortot, segundo secretário; Prof. José Escobar, tesoureiro; Algenor Taddei, procurador geral; Paulo Ferreira da Silva, diretor técnico; Conselho Fiscal: Elisário Nogueira Dias, José Estevam Ribeiro da Silva, Mário Prado Olyntho, Reynaldo Ferreira e Clóvis Pacheco; Dr. Agripino Ribeiro da Silva e Dr. Francisco de Magalhães, oradores.